Você sabia que a alimentação é um muito importante no processo de fertilidade? Tanto a futura mãe como o futuro pai devem adotar uma dieta saudável, que melhora a função e a qualidade das células reprodutivas.

Você anda torcendo para menstruação não dar as caras e passou a acreditar que engravidar é um desafio? Acalme-se, talvez o problema seja a sua alimentação!
A chamada Dieta da Fertilidade, criada em 2009 pelos pesquisadores Jorge Chavarro e Walter C. Willett, da Harvard Medical School, propõe uma reeducação alimentar, substituindo o consumo de carboidratos refinados, doces e café por leguminosas, frutas e carnes magras, que vão deixar você mais saudável e, consequentemente, aumentar suas chances de receber a visita da cegonha.

Quais são os alimentos que podem ajudar a engravidar?

Na década de 90, Chavarro e seus colegas sabiam que o excesso de peso poderia reduzir as chances de uma mulher engravidar. Mas eles também queriam saber se a nutrição tinha um papel adicional na fertilidade, independentemente do peso corporal. Por isso, acompanharam aprox. 18.000 mulheres por oito anos, monitorando quem engravidou e com que frequência ingeriam alimentos, bebidas e suplementos específicos.

“O que descobrimos é que, com algumas exceções, as mesmas coisas que você recomendaria para a prevenção de doenças cardiovasculares ou para a longevidade geral ou para uma alimentação saudável se sobrepõem bastante ao que recomendamos para prevenir fatores de risco para a infertilidade”. diz, Chavarro.

A influência da dieta na ovulação

A Dieta da Fertilidade, especificamente, sugere que comer uma dieta rica em gorduras saudáveis, grãos integrais e proteínas à base de plantas pode ajudar a melhorar o suprimento de óvulos na mulher – o que poderia ajudá-la a ovular com mais regularidade e engravidar mais facilmente. Esses alimentos também podem ajudar a regular os níveis de glicose e insulina no sangue, que também desempenham um papel na ovulação.

Por outro lado, conforme descrito no livro, o consumo de muitas gorduras saturadas, carboidratos refinados, refrigerantes açucarados e carne vermelha está associado à diminuição da oferta de óvulos e a uma dificuldade maior de concepção.

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O ácido fólico

Uma diferença entre a dieta de fertilidade e uma dieta normal é a quantidade de ácido fólico recomendada. Segundo constatado pelo Dr. Chavarro em diferentes pesquisas – altas doses de ácido fólico estão associadas a uma maior probabilidade de uma gravidez saudável.

“O ácido fólico é um fator muito importante na prevenção da infertilidade, até mesmo em níveis mais altos do que o recomendado para a prevenção de defeitos congênitos”, diz o Dr. Chavarro. Verduras, frutas e nozes são ricos em folato (a forma de ácido fólico que ocorre naturalmente nos alimentos), e tomar um multivitamínico com 400 microgramas de ácido fólico também pode garantir a obtenção dos níveis adequados.

Seguir essa dieta não garante que uma mulher engravide, diz o Dr. Chavarro. (E ainda ressalta que a dieta não foca nos problemas relacionados a fertilidade masculina.) Mas a pesquisa mostra que ela pode ser útil também em casos de síndrome dos ovários policísticos, fibróide uterina, pólipos ou endometriose.

E quanto aos laticínios?

Um elemento da dieta de fertilidade não resistiu ao teste do tempo – os laticínios.
A pesquisa inicial de Chavarro descobriu que as mulheres que consumiam leite, queijo e iogurte com alto teor de gordura eram mais propensas a engravidar naturalmente do que aquelas que consumiam leite desnatado e com baixo teor de gordura.

“Isso é contraditório com o que é recomendado em uma dieta para manter a boa saúde cardiovascular”, ressalta o Dr. Chavarro. Os autores do estudo não sabiam exatamente o porquê, mas suspeitavam que talvez o laticínio com alto teor de gordura estimulasse a produção de um hormônio chamado fator de crescimento semelhante à insulina (também conhecido como IGF-1), que pode estar relacionado à ovulação e fertilidade.

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Mas os estudos desde então têm sido contraditórios ou inconclusivos; alguns não encontraram relação entre laticínios (alto ou baixo teor de gordura) e fertilidade, enquanto outros descobriram que laticínios com alto teor de gordura estavam realmente ligados a piores resultados da gravidez.

“De todas as descobertas publicadas em nosso livro, essa foi a menos consistente na literatura ao longo dos anos”, diz o Dr. Chavarro. “No livro, fomos muito cautelosos ao apresentar essa descoberta e, desde então, acrescentamos uma camada extra de cautela. E pode ser que tenhamos errado nesta.

Afinal, a dieta da fertilidade é recomendada?
Além de propícia à concepção, a Dieta da Fertilidade também pode vir acompanhada de outras vantagens.

“É provável que você perca peso com a dieta de fertilidade”, de acordo com a análise da U.S. News.

“Embora esta seja uma dieta voltada para melhorar a fertilidade, você também notará perda de peso, desde que siga as recomendações cuidadosamente e faça exercícios físicos regularmente”.

Também não é uma dieta particularmente difícil de seguir. (Em 2019, a dieta da fertilidade foi classificada pela US News, em quinto lugar entre as dietas mais fáceis de seguir.)

Como não possui ingredientes exóticos e de grupos específicos, a maioria dos restaurantes oferece pelo menos algumas opções que se encaixam nos critérios gerais da dieta.

“Além disso, as mudanças na dieta requerem um planejamento e a pessoa deve se habituar, prestando atenção aos fatores nutricionais impressos nos rótulos dos alimentos.”

Se você está tentando engravidar, atendimentos presenciais e online. Agendar consulta.

Fonte: https://www.health.com/weight-loss/fertility-diet

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