Como nutricionista comportamental, meu trabalho diário me coloca em contato com diversos desafios e frustrações que as pessoas enfrentam quando decidem iniciar uma dieta. Entre elas, uma das mais comuns é a relação doentia com a comida, que muitas vezes se desenvolve durante o processo de emagrecimento.

As dietas tradicionais, com suas restrições rígidas e foco no controle do peso, podem levar a uma série de comportamentos prejudiciais, como:

  • Compulsão alimentar: A privação de alimentos “proibidos” pode gerar um desejo intenso e incontrolável de consumi-los, levando a episódios de compulsão que causam culpa e sofrimento.
  • Descontrole alimentar: A obsessão por seguir as regras da dieta pode levar à perda do controle sobre a própria fome e saciedade, dificultando a escuta dos sinais do corpo.
  • Distorção da imagem corporal: A constante comparação com padrões de beleza inalcançáveis pode gerar insatisfação com o próprio corpo e baixa autoestima.
  • Relação negativa com a comida: A comida passa a ser vista como inimiga, fonte de culpa e frustração, perdendo seu papel de nutrir e proporcionar prazer.

É importante ressaltar que emagrecer e ter uma alimentação saudável não precisam ser sinônimos de sofrimento. É possível buscar uma relação mais leve e positiva com a comida, através de um plano alimentar individualizado, que leve em consideração suas necessidades, preferências e estilo de vida.

Lembre-se:

  • Não existe um único modelo de dieta que funcione para todos.
  • O emagrecimento deve ser um processo gradual e sustentável, com foco na saúde e no bem-estar.
  • É fundamental buscar ajuda profissional de um nutricionista e/ou psicólogo para te guiar nesse processo.

Com a abordagem correta, você pode alcançar seus objetivos de forma saudável, desenvolvendo uma relação mais harmônica com a comida e consigo mesma.

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Texto por: Dra Anna Caroline Marçon, nutricionista – CRN – 76895.

Imagem por: Canva.