A eclâmpsia é uma doença que na maioria dos casos surge durante os últimos 3 meses de gravidez. Apesar disso, ela pode se manifestar em qualquer período a partir da 20ª semana de gestação, no parto ou pós-parto.
A doença é uma complicação grave na gravidez e é caracterizada por episódios repetidos de convulsões, seguidos de coma, e que pode ser fatal se não for tratada imediatamente.
O que causa eclampsia na gestação?
As causas da eclâmpsia estão relacionadas à implantação e o desenvolvimento dos vasos sanguíneos na placenta. A falta de irrigação sanguínea da placenta ocasiona a produção de substâncias que ao caírem na circulação, alteram a pressão do sangue e podem causar lesões nos rins, fígado, vasos sanguíneos e sistema nervoso central.
Sinais e sintomas da pré-eclâmpsia e eclâmpsia
A pré-eclâmpsia pode ser assintomática ou causar edema ou ganho de peso excessivo. Edema não dependente, tal como o facial e o de mãos (os anéis podem não mais caber nos dedos), é mais específico que o edema dependente.
A reatividade reflexa pode ser aumentada, indicando irritabilidade neuromuscular, que pode progredir para convulsões (eclâmpsia).
As petéquias podem se desenvolver, assim como outros sinais de coagulopatia.
Pré-eclâmpsia com características graves pode causar danos nos órgãos; essas características podem incluir:
- Cefaleia intensa
- Distúrbios visuais
- Confusão
- Dor abdominal no epigástrico ou no hipocôndrio direito (refletindo isquemia hepática ou distensão capsular)
- Náuseas e/ou vômitos
- Dispnéia [refletindo edema pulmonar, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) ou disfunção cardíaca secundária ao aumento da pós-carga]
- Acidente vascular encefálico (raramente)
- Oligúria (refletindo diminuição do volume plasmático ou necrose tubular aguda isquêmica)

Como a nutrição pode ajudar?
Primeiramente a gestante deve diminuir o consumo de sal e temperos industrializados.
O acompanhamento nutricional e a orientação de uma dieta equilibrada é essencial.
Alguns nutrientes têm efeito profilático em situações de risco, como é o caso do aminoácido chamado arginina, precursor do óxido nítrico, potente vasodilatador, com poder de reduzir os valores da pressão!
A arginina, antes de ser suplementada, é encontrada em nozes, castanhas, amêndoas e sementes oleaginosas em geral. Cereais integrais como arroz, trigo e aveia contêm quantidades consideráveis, assim como peixes, carnes vermelhas e sementes de girassol.
Outros nutrientes com efeito protetor são alguns antioxidantes, como a vitamina C (frutas cítricas, vegetais verdes escuros, morango, tomate), vitamina E (óleos vegetais, óleo de linhaça e peixes) e Selênio (principalmente na castanha do pará).
O ômega 3, disponível em peixe como atum e salmão, também atua de maneira favorável e as vitaminas do complexo B (carnes, ovos, cereais integrais, vegetais verde escuros) entram em campo principalmente no que diz respeito a manutenção dos níveis de homocisteína – muitas vezes elevada em gestantes com pré eclampsia.
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