Mindful eating significa ter uma “comer consciente”, é conceito que propõe levar a prática budista do mindfulness para a hora das refeições. Essa prática se baseia na ideia de estar presente e dedicar sua total atenção ao que está acontecendo no momento, tanto externa quanto internamente, evitando que a mente vagueie por distrações ou perturbações.
Segundo Bay(2009) Mindful eating É uma experiência que engaja todas as partes do nosso ser corpo, mente e coração– na escolha e preparo da comida, bem como no ato de comê – la em si.
Envolve todos os sentidos. Nos imerge nas cores, texturas, aromas, sabores e até mesmo nos sons do comer e beber. Permite que sejamos curiosos e até lúdicos enquanto investigamos nossas respostas à comida e nossos sinais internos de fome e saciedade, promovendo aguçamento da atenção e do foco.
No entanto, cada vez mais estamos voltados para o passado e/ ou para o futuro e não nos entregamos totalmente ao presente.
Ao comermos uma maçã, por exemplo, não somente comemos ela, geralmente fazemos isso dirigindo, assistindo à televisão, ou até mesmo sem nenhuma distração externa, mas internamente com um turbilhão de pensamentos dominando a nossa mente. Essa forma de comer é chamada de “mindlesseating” que significa comer inconsciente.
Nesta forma, comemos independente dos estoques de energia, desconsiderando nossos sinais internos de fome e saciedade; não saboreamos de fato o que estamos comendo, assim, continuaremos com fome e insatisfeitos, e aí sairemos em breve procurando por algo que nos nutra e satisfaça podendo levar ao comer compulsivo.
Ela envolve 4 gatilhos ambientais, são eles:
1) Exposição: quanto mais próximos da comida estivermos, maior a chance de interação com ela, maior poderá ser o nosso consumo e menor a percepção de quanto de fato foi consumido.
ESTRATÉGIA: deixe mais perto e visíveis alimentos que você não tem o hábito de comer, como frutas, verduras e legumes e evite deixar guloseimas nas gavetas do trabalho
2) Distração: o comer distraído envolve uma menor percepção dos sinais precoces de saciedade e uma menor lembrança do que foi consumido enquanto se realizava outra atividade, o que pode nos levar a comer mais na própria refeição e nas posteriores.
3) Tamanho das porções/ utensílios: este pode influenciar no quanto de comida seria suficiente, razoável, normal, típico e apropriado para o consumo em determinado momento.
ESTRATÉGIA: Usar utensílios menores e comprar porções menores de alimentos já prontos para o consumo. No self- service: mentalmente faça um prato imaginário dentro do prato grande e coloque sua comida dentro deste prato imaginário.
4) Variedade: quando somos expostos à uma variedade maior de comida e, consequentemente de sabores e de cores, acabamos comendo mais. Se existem menos opções, “cansamos” de sentir o mesmo gosto repetidas vezes e acabamos limitando o consumo.
ESTRATÉGIA: em situações com muitas opções visuais, como: festas comemorativas e restaurantes por quilo além de variar no prato, experimente olhar, saborear, sentir e ouvir os muitos sons que a comida pode te proporcionar e se surpreenda
“Comer é uma necessidade, mas comer com inteligência é uma arte.”
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Fonte: http://asaudesimples.com.br/2014/06/03/comer-consciente/
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